sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A Todos os Portugueses,

Num país de rastos, entregue à mais descarada corrupção, onde os políticos, na sua maioria, trabalham unicamente para terem ricos tachos e viverem à grande e à francesa, acantonados no Orçamento de Estado, sugando a alma e o tutano deste povo outrora capaz de feitos que espantaram o mundo e mais mundos deram ao mundo; num país onde a justiça, subordinada a compadrios e esquemas, condena aqueles que denunciam os ladrões, mas absolve descaradamente a ladroagem de fato e gravata, é hora dos portugueses tomarem uma posição. Têm que se libertar urgentemente deste regime caduco, oligárquico e corporativista, no qual o mérito e o valor são vistos não como qualidades mas como ameaças à incompetência nacional, que tomou de assalto os mais altos cargos desta martirizada e secular nação.
Ouvindo o apelo da pátria agonizante e respondendo ao chamamento de Alberto João, que sempre defendeu a ascensão de madeirenses aos altos cargos da nação, venho eu, José Manuel Coelho, pintor de construção civil, jornalista, deputado e revolucionário, candidatar-me à Presidência da República Portuguesa
Não me revejo nos candidatos anunciados, todos eles peixes das mesmas águas, dos mesmos fundos, das mesmas correntes, todos eles filhos deste corrupto sistema que enferma a nossa valente e imortal nação, embora, para enganar, o bom povo português, apresentem cores e hábitos divergentes.
A minha candidatura não é uma pedrada no charco, a minha candidatura é uma avalanche neste enorme pantanal, em que se transformou Portugal. O meu objectivo não será drená-lo, porque, além de trabalho inglório, seria a mais pura das demagogias. O meu objectivo é apontar e denunciar: – Olhem, junto àqueles juncos, está um corrupto! – Olhem, debaixo daquele nenúfar, esconde-se um juiz vendido do Tribunal da Relação! – Olhem, perto daquele tronco meio apodrecido, está um político-batráquio que ganha 60 mil euros por mês e acumula reforma e ordenado! –
Nestes últimos trinta anos, o continente português tem apoiado e suportado financeiramente esta região. Seria agora uma enorme ingratidão deixá-lo sozinho, nas mãos de um Cavaco Silva ou de um Manuel Alegre, ou de outro candidato do sistema. É precisamente, nesta hora dramática, em que o povo português mais necessita, urgentemente, de um José Manuel Coelho, que o salve dos agiotas e dos desencantos de uma democracia postiça, há anos e anos refém dos grandes interesses instalados.
Estou aqui, caros concidadãos, em nome do nosso país, em nome de todos os portugueses de bem, pelas nossas famílias e filhos, de peito bem aberto como os valentes portugueses de quinhentos,  pronto para a grande cruzada contra os muitos corruptos que grassam por este país e que o transformaram neste inóspito e putrefacto pântano.
É,  pois, pelo futuro da nossa bem-amada pátria que me candidato porque como escreveu o imortal Fernando Pessoa: Ó Portugal, hoje és nevoeiro…É a Hora!

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