
Ao que pudemos apurar, José Manuel Coelho assume-se como um candidato apartidário e anti-sistema e o seu programa eleitoral vai assentar em três vectores. Em primeiro lugar, o combate e denúncia da corrupção. “Sem um combate eficaz à corrupção, não há medidas de austeridade que resistam e que salvem o país”, assegura. A segunda ‘bandeira’ é a eliminação das regalias e privilégios da classe política portuguesa: “Quero denunciar e corrigir os salários dos ‘boys’ políticos, pois os dois grandes partidos do bloco central – PSD e PS – vão-se alternando no poder e distribuindo entre si esses cargos com remunerações imorais”. O terceiro vector é a moralização dos tribunais e do sistema de justiça. “A justiça portuguesa, em vez de defender o interesse do país, está ao serviço das máfias que roubam o povo português. É por isso que no continente todas as grandes investigações em casos de corrupção acabaram em arquivamento. Aliás, se fosse num país do norte da Europa, o nosso primeiro-ministro já tinha sido afastado”, esclarece.
O processo de candidatura é para concretizar e está mesmo numa fase avançada. José Manuel Coelho pretende “percorrer Portugal de Viana do Castelo a Faro, porque esta é uma candidatura nacional, não é só madeirense”. Já há manifesto, lema, hino e vídeo oficiais. A fórmula a ser utilizada é pouco convencional mas semelhante à que garantiu, em 2007, a eleição do primeiro deputado do PND no parlamento madeirense – tudo com recurso ao humor mas com mensagem séria pelo meio.
Também já há uma logística preparada para apoiar o projecto presidencial de Coelho. A recolha das 7.500 assinaturas necessárias para formalizar a candidatura também está em curso, sendo que a comissão de apoio a José Manuel Coelho vai recorrer às redes sociais na Internet. Os proponentes podem descarregar o formulário da Internet, enviam-no por correio e em troca recebem um brinde (um CD com o hino ou video da campanha).
por Miguel Fernandes Luís
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